Memória
Amar o perdido deixa confundido este coração.
Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não.
As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão.
Mas as coisas findas muito mais que lindas, essas ficarão.
Com este poema de Drummond o Portal Interpoética abre a sua edição de abril e faz um link com a memória: confira a nossa seleção de imagens nesses 10 anos de muitas histórias e muitas lembranças. História e poesia também em vídeo: agora disponível no nosso site, o MEI ao Meio, de Mariane Bigio, que retrata toda aquela efervescência que foi o Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco.
A nossa primeira página tem gente nova: o professor Nilson Vellazques faz sua estreia na coluna Verbalize, que a partir dessa edição começa a dar seus pitacos sobre literatura, política e cidadania. Política – no olhar jornalístico – também é o tema da coluna deste mês deGeórgia Alves, e na coluna de Lucia Moura, a palavra ganha outros sentidos quando a questão é idioma e humor. João Gomes dá o seu depoimento como editor de Vida Secreta, o abril surge transfigurado nos atentados de poéticos de Jomard Muniz de Britto e a transfiguração de personagens e metáforas podem encontrar afinidades nas obras de João Cabral de Melo Neto e Shakespeare, segundo Elisabet Gonçalves.
Na entrevista, Sennor Ramos conversa com o repentista Edmilson Ferreira, e na Difusoratemos Retrato 3 por 3, reunindo Alexandre Morais, Genildo Santana e Zé Adalberto. Na seção Tradução, um poema de Carlos Alberto Cavalcanti, que ganhou recentemente menção honrosa no 1º Concurso Internacional de Trovas, em Jerusalém, Israel. Na seçãoProsa, o bairro da Boa Vista é cenário para um conto de Alexandre Furtado.
Para encerrar também com poesia, o poema Solidão, de Deborah Brennand, que se encantou no último domingo, 26 de abril:
Rosna a solidão prisioneira, Sob a carícia enganosa dos meus pés, Feroz cadela negra, adormecida, Geme sonhando caças no mato.
Uma corrente, queimando-lhe o pelo, Arde em sua carne um sol de verão E o seu coração suspira, lento, Atado ao tempo, carrasco inclemente.
Fraterno abraço e até à próxima.
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